quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Dor sonora


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Um brinde ao meu desvario que agravou, porque tenho empregado dias a preparar a música para o meu funeral. Quem me dera a mim, burrico de ideias, que alguém me tirasse a traça da minhas roupas. 
Ai que coisa mais grosseira!
Preciso de ficar com bom aspecto, porque, espero em deus que ainda hei-de encontrar um vadio qualquer, num beco qualquer, que lhe dê uns tostões para que me moleste, que me puna e que me ofenda!
Ai que conversa tão porca e tão excitante!...
Já anestesiaram-me, de maneira que não sinto mais a dor dos golpes dos punhais. 
Poderia até pensar em correr, entretanto, arracaram-me as pernas. E não sei quem fui. Escuta o meu choro profano e bebe do meu veneno, e deixa que os deuses assitam-nos perecer em glória.
E o meu vampiro? Aquele que têm-me sussurrado palavras magníficas ao meu ouvido, onde está? Desejava agora que ele me pudesse cuspir a boca e encher-me com a sua saliva!
Mas antes, ele há de vir com um grande helianto nas mãos, para tirar essa coisa que trespassa a minha garganta, porque não quero ser empedido de ser possuído apenas por tê-la em sangue.
E fazer tudo sem olhar para trás.
Rindo, tremendo e ardendo.

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Li num sonho, comento pelo sonho