sábado, 14 de abril de 2018

Seleuco II, “Callinicus Pogon”, Καλλίνικος ὁ Πώγων






Heart of Wax

Seleuco II, “Callinicus Pogon”, Καλλίνικος ὁ Πώγων (“O das barbas triunfantes”), Rei da Síria (246 A.C.-225 A.C.).

A marca da espada no tetradracma indica que salvou (ou não) a vida a alguém, num confronto militar.
O resto é mera ficção minha. Ela poupou a vida a um ciliciano de Mopsuetum, sonhador, na Batalha de Ancyra, travada, no ano de 239 A.C. (Ano 73 da Era Selêucida), entre Seleuco e o seu irmão usurpador, Antíoco Hierax.

Quando o rei foi vencido, ambos atravessaram o Taurus. Tinham 26 anos, mas só o soldado sentira na anca a pancada da lâmina. E não voltará a tocar na sua moeda salvadora.

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Seleuco I, Nikator



Seleuco I, Nicator (312 - 280 A.C.) - Tetradracma de Ecbátana (295 A.C.) - tema de Zeus Nicéforo, com cetro e águia

domingo, 29 de outubro de 2017

Campo das flores


Heart of Wax

"ser outra vez alicerce deste evangelho que finda

ser outra vez mera prece por cumprir pena ainda
ser outra vez do pecado a remissão que não veto
ser outra vez deste tecto sílaba solta dialecto
ser outra vez deste chão peito em arco aberto
ser outra vez da vogal consoante lírica anarquia
ser outra vez afinal quem nunca soube ser um dia"


                                                                                             (Paulo Cruz)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Lullaby, op. 3



Andantino molto gentile, para o aniversário da artista Manuela Baptista 


Vieram os pássaros anunciar-lhe ter nascido outra vez, mas nem o senhor Buda ousaria tanto, e se sentia apenas outro reviver. Todo o amarelo dos campos nos falava da primavera precoce, como se primaveras se pudessem ler no surdo cantabile de giestas. Lembrou-se de que a Senhora da Música teria partido e deixado nas areias do jardim um só rasto de sorriso. E pegou-lhe com as duas mãos, e aceitou essa herança de eternidade.

domingo, 11 de outubro de 2015

Kika entre as estrelas



Heart of Wax


Imagem de manuela baPtista, dedicada ao paulo intemporalà la manière de manuela baptista



chegou o outono e ela escondeu-se nas folhas. havia uma voragem pela casa inteira, o rumor vigiado dos budas nas cítaras do sol nascente. as crianças brincavam ao jogo das horas, e escondiam anos inteiros na sombra dos bolsos. os dias do verão passaram, e a estação inteira mergulhou fria nas cores do parque. um dia acordou mais tarde, e a manhã era sem som. olhou para a frente e ela não estava lá. só a reconheceu pelas plumas: tinha levado as brincadeiras para mais longe, silenciosa, um vulto inigualável desenhado no perfil das estrelas.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015