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São nessas folhas secas de papel áspero, que tenho registado minhas memórias. Não sei o porque dessas escritas, logo, são frases sem rima que jamais vou usar. Nunca quis ir tão longe com isso. Eu lutei e resisti contra mim mesmo, mas quando se cria todo um imaginário repleto de detalhes coloridos, fica praticamente impossível desfazê-lo. Porquê não damos as mãos e fugimos por aí? Eu posso criar um plano perfeito, acredite.
Recuso-me a ser somente mais uma peça errada no meio dum “puzzle”. Ainda se eu fosse a peça final, que completasse a imagem e fizesse fazer sentido… Mas não, já não creio. Acredito em mim, e em trabalhar e em roubar. Toda a gente rouba, porque não eu?
Me diz porque não querer? Vamos marchar entre colinas e vales, com flechas e coroas com raros diamantes moldados no mais puro ouro, sobre nossas cabeças. Posso oferecer-lhe o meu escudo e a minha couraça que protege o meio peito.
Eu visualizo isso. E também navios a chegarem em teu nome exigindo o que lhe roubei. No entanto mantenho-me calmo. Frívolo. O que roubei é impossível devolver, porque nunca existiu. Apenas guarda-se e sofre-se, e ao ver a escuridão permanecer no luto onde crianças sem olhos choram, continuo lá. Mais assustador que isso é o trágico final, do qual não quero comparticipar.
É só fechar as pálpebras e sentir o quente abraço, enquanto a saliva seca desce pela garganta. Abraçaremos e estaremos tão juntos como se fossemos um só corpo e uma só alma, bem profundo. Se quiser, podemos selar, com um beijo carinhoso, esse compromisso imaginário.
Eu perdi o medo de me expressar. Não quero escrever ao invés disso, quero falar. Porque não pensar em amor? Permita-me sondar o teu coração e que eu vá buscar todas as respostas para as perguntas mudas. Quero ver ainda onde estou, e como está o meu lugar. Estará arrumado ou em desordem tal que já não se encontra qualquer resquício de sentimentalismo.
Será?
Vamos ver um filme idiota e comer pipocas queimadas, enquanto isso deixo que você me conte sobre os heróis que salvar-me-ão. Minha alma vai estar a cantar “lá-lá-lá”. Do lado de fora está frio, porque sair? Está escuro! Tire os seus óculos de sol e diga que está lá, que é um dia diferente, e fazer esquecer o que perdemos.
Prometo não tropeçar e não ser desajeitado, dessa minha maneira usual. Deixa-me viver e diz que isso vai ser para sempre. Eu nunca soube respirar, mas sempre escapei. Nunca hei-de desfocar a visão inicial da fonte e do caminho que traçamos. Essas memórias e esse inverno frio não me castigam mais. O tempo guarda os meus lábios em sangue.
Me diz como pensar em poesia, só te digo que sempre te quis bem, mais isso já não faz diferença.
Sou patético, reafirmo.
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Li num sonho, comento pelo sonho