sábado, 22 de outubro de 2011

Xadrez do Tempo

Xadrez do Tempo


Para o Carlos Paula
O Universo é plano,
e o tabuleiro lhano
une o homem e o jovem no jogo longo
que os separa e rege.
Cada peça é som de sinfonia de milhões de sonhos,
A movimentar os seus sentares em mil sentidos,
E só a mão pensativa, que engole o Tempo,
Avança, como nos Céus constelantes
da linha do Pensamento,
E Oríon, o caçador, vence as sombras, e audaz avança,
Para o jogo zenital das peças que se entredevoram,
A esgotar o tabuleiro do Tempo.
Mas já tudo é Esfera e Ciclo e cores,
E Argos, o filho veloz de Zeus, Licaios,
a cavalgar confusa poeira de estrelas,
na devastada Via Láctea
de noites inundadas de luz difusa e astro ardente.
Cosmos de todos os jogos,
o Tempo ora devassa e cruza arcanos da Noite,
e já entre a mão do homem se joga outra Eternidade,
Castor maduro e Polux desvanecido,
Grafada num Cume e Fundo,
da Terra, a deslizar, polar,
do Poente, em alto e trevas,
para memorar o fim da Noite,
quando Dafne se esvai dos dedos de Apolo,
e inscreve eternamente um novo jogo,
xadrez do tempo,
in lauro,
no despertar da fluída aurora.





domingo, 31 de julho de 2011

Tesouro

Heart of Wax

domingo, 15 de maio de 2011

. thailand .

Heart of Wax

terça-feira, 22 de março de 2011

Primavera



Heart of Wax


Em parques de giz, tons de pincel pasteis a adornar o desdém profundo, e, trazendo o horizonte rubro e febril em mãos pequenas, relembrando planetas onde dancei sobre o mar escuro, inflamado de um azul alaranjado.
Ectoplasmas brincando de se esconder do veneno outrora sangrado em punhais do inverno.
Eu com um saco de moedas, um livro no bolso do meu casaco desbaratado contemplando o sol a aquecer sementes mortas, amargas de miséria, e a jubilar na presença do Rei, porque chegou a primavera.
Cuspi então todos os insectos, me lancei na fenda da rocha.
Agora sou sua raiz.
Cubram-me com flores.


Ariobarzanes

sexta-feira, 18 de março de 2011

domingo, 13 de março de 2011

. a oriente .

Heart of Wax

terça-feira, 8 de março de 2011

Sem título


Por mil e infinitos anos longos, perdidos entre as nuvens tremendas de fogo, o mais belo e íntimo proskeneo fazendo corar as bochechas pálidas de medo, frias de constrangimento, de uma criatura estranha com a solidão tamanha a engasgar-se em gritos mudos e afogada em seus pensamentos ásperos.
Sou eu, água suja, vaso quebrado.
Meu suor enfermo, meus punhais nas mãos, com cisco nos olhos, blasfemando o meu choro profano.
Hoje sou dor e amargura.
Tentei me curar do vício de querer inflamar sentimentos próprios e de sussurros libertinos.
É tudo apenas um esboço de uma teoria falida.


Heart of Wax

. no dia internacional da Mulher .

Heart of Wax

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

sábado, 29 de janeiro de 2011

domingo, 9 de janeiro de 2011

Anamorfose