quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Exordium

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Esse é o som da verdade, que assiste-o enquanto jaz no sono da morte. Ponha-se de joelhos, nessas escadas rotas de madeira sem brilho, e puna-se com chicotes duros de couro de boi. Voltemos ao tempo da Lei, e criemos contendas entre nos nossos irmãos e aqueles que difamam a nossa família.
Vinde vós que perecem nessas ruas frias, e que comem dos restos da burguesia egoísta. Sentem-vos comodamente nesse sofá rasgado e assista a esse filme sem final.
Esta estabilidade frágil que me assola, fará em breve de mim, um mero serviçal e por fim, ficarei aqui nessa relva morta, com o meu corpo coberto de folhas secas do Outono.
O prelúdio do inverno.
As minhas palavras conflitam, e não é proposital, logo sempre desejei possuir uma ritmalidade própria que pudesse tocar os corações gelados.
Sabe querido, é complicado agir de outra maneira quando só se pensa em poesia e valsa.
Qual comboio apanhar?

sábado, 25 de outubro de 2008

Tempus fugit


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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Pérolas do Orkut









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Não sabe o que é ORKUT?!?! Joga no Google, okay?!



Prelúdio à morte de um guerreiro sem escudo

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E foi aqui que vim parar, nesse quarto sem janelas nem portas. Permaneço aqui, inerte, com minhas pupilas dilatadas, mal lendo esses meus livros inacabados, apenas com uma  pequena fresta no telhado, com um único raio de sol, consigo ler palavra por palavra.
Ontem me embriaguei sozinho, como sempre. Graças ao Satanás (!) há bebida com fartura nessa casa. Digo que não houve o dia, logo, acredito que, um dia é frutífero para mim, ao passo que, eu consiga aprender qualquer coisa. Talvez ontem eu tenha desaprendido. Nem forças suficientes para colocar o meu cérebro para funcionar tive, ao contrário, canalizava toda a minha motricidade a cada ingerir da doce porção maligna.
Subitamente fui intrometido de uma grande insurreição. Tive repugnância do meu corpo e da minha própria pele, a minha saliva amarga era deglutida dolorosamente, antes disso, preferiria o vómito de uma vagabunda com tuberculose. Queria ceifar-me, entretanto, como já tentei antes, não passou como um mero pensamento, talvez uma visão do céu inatingível por enquanto.
Por vinte e dois anos, tenho arrastado esse corpo vadio de terra em terra. Talvez eu deve-se vendê-lo à algum sadomasoquista psicótico descompensado, assim eu teria prazer em ver cada dilaceração da minha carne, a destruição física de mim mesmo. E poder ouvir, não o sangue escorrer, mas, quebrar-se ao meu redor.
Nada além da desgraça que me rodeia, seria pior.
Anseio o fim.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Ponto.

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"Uma noite, sentei a Beleza nos meus joelhos. - E vi que era amarga. - E injuriei-a."
Jean-Arthur Rimbaud

Insípida despedida

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A pequena lagarta, encobre-se no seu casulo, construído por si mesma, e fica em estado de repouso até que são geradas as suas coloridas asas, assim, rompe-se o tecido invólucro e finalmente pode voar. Aparentemente ela cria o seu próprio túmulo e enterra-se, mas afinal, resplandece-se ilustremente. Lamenta-se que nem sempre desfrutamos desse final feliz. 
Por acaso, não mais recebo essas rosas desbotadas para me fazer ser mais maleável em relação a ti.
Espero que a sombra da justiça possa engolir-te e provar do teu próprio veneno. Deguste da tua derrota, faz-te um moribundo e solte gritos mudos. Ninguém te ouvirá. Assim espero.
Só anseio ficar a assistir toda a tua tragédia.
Me habituei às tuas desventuras, e não quero esperar por mais uma noite, porque eu sei que as lágrimas vêm ao cair do sol. Ser-me-á dado algum galardão por toda essa infindável luta?
Certamente não, todavia, era simpático me responderes, apenas, todas essas perguntas.
O “para sempre” se foi.
Não quero tua compaixão, porque odeio a tua falsa piedade, tão-pouco o teu fétido beijo de despedida. Antes prefiro regozijar-me nas minhas miseráveis folias e desprazeres. 
Não me faças comparticipar desse infame companheirismo.
Despendi demasiado tempo contigo, e percebi, finalmente que o sol não brilha tanto assim.
Pegue as tuas malas que eu deixei atrás da porta, e foges para bem longe. Não me mandes cartas de amor, porque nunca as recebi.
Permita-me que eu me deixe envenenar com essas flores tóxicas e morra ao som dos gritos de prazer. Quero sentir essa porção maligna corroer cada célula viva que possuo, ver a minha visão embaciar até atingir a total escuridão tão desejada. Não farei falta a ninguém.
Não tenho mais palavras, agora reduzo-me ao pó e com lágrimas viro lama suja.

sábado, 18 de outubro de 2008

Bandinha do chaves em TTDTE cover

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Belezinha com vocês crianças?
Então, para relembrar velhos tempos de infância idiota e misturando com um pouco de Metal, fiz esse vídeo.

Pra quem tem curiosidade de ver como é o vídeo original, onde o Quico toca "A Dança das Horas de Tchaikovsky", vai aqui:

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Coitado do Daffyd ter de viver no meio dessas bichas-pão-com-ovo

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Mon cabaret rouge.

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Onde estão os punhais de ódio? Aquelas mãos amigas lançam o coração dos tolos na fogueira e fazem arder como bruxas numa noite sem fim. Da cidade vazia, ouve-se gritos de desespero vindos das frias florestas que guardam este vilarejo.
A agonia nos apanha.
Um povo falido, com vidas destroçadas, mumificam os seus restos mortais nessa promessa desconhecida, reservada ao silêncio.
Sim, é trágico o exército de indigentes, que vinga essa multidão suja. Eles não conhecem a própria casa, apenas vivem como andarilhos, semeando discórdia e o amor vagabundo que sentem. É nisso em que se comprazem.
Não há aqui inocentes. As orgias alimentam cada alma vazia, entoam com vozes desentoadas, mórbidos cânticos ao senhor dos senhores. O mesmo que dizer: cada um venera o seu próprio eu. Terra de gente hipócrita e louca, comem toda essa refeição sem pensar no inverno que logo chega. São imundas e da sua fala, escuta-se algo semelhante aos latidos de cães sem dono.
Nunca houve verdade neles.
Eu nunca fui desta gente, mas entre o meio deles, vivi. Todavia, não sei se é essa a palavra, ideal. Creio que “protagonizei”, encaixa-se melhor nessa sentença. Nunca fui compreendido. Serei porventura poupado da ira de Deus?
Ó Senhor! Tende misericórdia dessa pobre alma que perece! Suplico pela tua atenção! Ouve o meu clamor!
Não é um deboche… Digo que sou apenas um ”come-ratos” de roupas velhas. Considero-me mais vagabunda que todas as putas de Sodoma e Gomorra em actos sexuais, ilícitos ao olhos do “começo e o fim”, juntas.
Sempre que me convém, obviamente.

(…)

Ai essa minha característica endiabrada!...
Adoro-me. 

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Dissabor

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Malditas penas do inferno! Danados vinde até mim, e meu querido Satã contemple este sol que cega os meus olhos. Hoje transpiro sangue e respiro fumo negro. Tenho ódio nas minhas entranhas. Desejo a tua condenação. Porque insiste em me fazer sofrer?
És um ser desprezível, desprovido de sentimentos benévolos. Despertaste-me do sono da ira que eu jazia. Os campos floridos foram esmagados com os teus pés. Os meus sonhos, destroçados com a tua deteriorada realidade. O amor agora converte-se em fúria impetuosa. Nasceu do meu coração o desejo de vingança.
 Quando tive sede não me deste da tua água. Não me alimentaste, nem cuidaste de mim.
Descompensei-me e não há regresso.
As minhas suposições em torno da minha própria loucura, tornam-se verídicas neste momento psicopata. Não faz qualquer sentido acreditar em qualquer palavra que seje proferida da tua nojenta boca. Suas palavras são como facas afiadas, e quando lançadas perfuram o meu coração, fazendo morrer toda a vida. É este o teu prazer? Ver-me subordinado a ti? Não sou uma marionete com quem brincas. Não me tomes por parvo, porque não o sou. Nem zombes da minha aparência.
Desaparece-te da minha frente, ó inconveniente infortúnio! Iludiste-me e fizeste-me de tolo todo esse tempo. Desperdicei a minha juventude e os bons sentimentos. Quão grande é o meu descontentamento. Em parte fui errado, porque acreditei. O homem não deve confiar sequer na própria sombra, tãopouco em outro homem.
Habito nesta casa de angústia por não ter construído um sólido refúgio. Encontro-me nú. Que fazer? Recolho com os meus pulsos cortados, cada pedaço de mim que ficou estilhaçado nesse chão sem fundo. Dispenso-te com desprezo. Inutilizo os teus planos e te dou um último beijo.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Complacentes actos de um amor falhado

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A quente alvorada, que anuncia o início dum ciclo infindável, as imensuráveis constelações, reflectem em pouco mais que uma alternância entre zero e um.
Outrora acreditava-se ser tudo muito real e aprazível, todavia têm-se tornado em ruínas a cada passo dado. Esvaece-se o puro sentimento primário, e ao lugar disso, transforma-se em algo meramente frio e conveniente. A monotonia e a falta de apego, separam a amada do seu noivo. Vivem hoje dias de lamentações, baseando-se em acontecimentos que nunca existiram.
No coração dela, canta-se música antiga e exala-se raros e sensíveis perfumes. Possui um beijo de amor, é carinhoso o seu afago. Do suave toque dos teus dedos, transmite-se serenidade. Cada gesto, cada sussurro, cada respirar sem fôlego, irradia-se a nobreza de um notório sentimento, que se é impossível exprimir com exactidão.
A alma dele é cinzenta e abatida como os velhos combatentes do tempo de Narmer. Sentia-se como os que vivem em caos, onde aquela falsa e mecânica paixão estaria prestes a rebentar num estrondoso e dolorido fumo.
Os céus se fecham e anunciam que as visões e as profecias cumprir-se-ão dentro de pouco tempo. Está em acção o tépido combate espiritual.
Nada tornará a ser como era dantes.
Como chegaram a isso?

Atendendo a milhares de pedidos: Marli em "Ladra de Namorados"

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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Head bangers na igreja

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Episódios

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A minha infância foi marcada pelo desprezo, simultaneamente a isso, a inocência, que deixaram cicatrizes que jamais esvaecerão. Essa inocência tola gera em minha personalidade uma característica tola, um defeito, talvez. O meu nada traduz-se em tudo. Lembro-me de despender grande parte do meu tempo à brincar às escondidas. Mas viria eu, saber, anos depois, que andava a esconder de mim mesmo. Outra história…
De resto, não havia essa traça que hoje corrói as minhas roupas e essa peste que destrói as minhas esperanças. Sou suspeito em dizer, logo sempre vivi num mundo paralelo, esse que continuo a insistir na sua criação. Lembro-me ter sempre sonhar intensamente, e neles via bouleverds do mais transparente e polido cristal, onde que de lá eu tinha uma visão de um ambiente com pedras de fogo e papéis de parede desbotados. À princípio, e talvez ainda hoje, não perceba o seu significado. Nem quis traduzir. Fazia-me impressão quão sombrio e quão mau aspecto possuía. Em suma, era feio e desagradável. Nenhum ser minimamente humano consentiria em permanecer naquele lugar inapto à vida.
Era comum o meu fechar de olhos, e fugir à encenação. Entretanto, subitamente intrometia-me uma profunda amargura sem racional explicação. Algo dolorido que esteve a me atormentar por anos. Sempre os mesmos velhos fantasmas arrastando suas pesadas e enferrujadas correntes, com vozes que lembravam o sussurrar do vento, tentando compulsivamente a acorrentar-me ao meu passado que tanto repugnei. Penso, algumas vezes, se porventura seria algo consentido pelo meu inconsciente, logo, hoje, concluo pelos demasiados lapsos e “acidentes-propositais-inconscientes” que vêm tomando força com o passar das primaveras. Arranquei os meus ouvidos para não escutar as insinuações com ar do inferno contra mim, fiquei ainda cego para não enxergar os dedos em minha direcção e a danação eterna. A minha alma, bem, essa nunca, e infelizmente não consegui mutilá-la.
Será que fui errado todo o tempo?
Ai aquela risada estúpida!... Coitadinho do inocente que ele se tornava! Era um belo papel, bom actor coadjuvante em sua desprezível passagem pela minha vida. Ó como te odeio criatura infame! Quantas vezes eu senti-me estiraçado na lama, como se eu fosse a mais vil das criaturas... Alguém que fosse indigno de respirar esse ar que “Deus “ concede.
Sofri calado, tal e qual as vacas que vão inocentemente para o matadouro, até que chega a hora em que tudo acontece e elas berram. Acho que posso igualar-me. Era assim que eu agia. Porém não gritava com a garganta, mas sim com o meu rancor que penetrava o meu peito. Gritava para que eu acordasse do profundo sono e quebrasse aquele maldito feitiço lançado em mim.
Renunciei ao meu próprio querer, quebrei os espelhos e vomitei aquela porção de veneno antes que me chegasse às artérias. Esfarelei-me até virar pó e renasci como a Fénix renasce das cinzas. Hoje ergo-me. Já não ouço nada, apenas a minha mansa loucura. Vejo-me fronte à essa realidade, mesmo muito imperfeita e desgraçada para a minha personalidade, rumo.
Não estou morto.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Cântico Nocturno.

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Aquelas máscaras de barro sujo que expressaram toda a essência da nobreza de corpos sem preço, partiram-se e aniquilaram essa comédia. Talvez não me tenham visto, logo os olhos estavam cegos por grossas escamas.
Já fui cristão. Hoje não. Agora as portas altas dos umbrais escuros estão abertas e tenho livre acesso. Vivo em impacientes dias, aguardando desta (miserável) vida, respostas. Enquanto isso, retalho o meu corpo e faço das cicatrizes uma pintura sedutora. Sou alvo fácil de ratoeiras gigantes e armadilhas. Envenenaram-me com o doce veneno para ratos e partira-me. Sinto-me como um cristal quebrado, que jamais se cola. Estou em luto e deixo aqui o meu memorial falho, num acto de auto-comiseração com odor a suaves ervas vestido num fato azul-cinzento.
O braço do mar e a multidão de fantasmas com vozes agudas, femininas e distorcidas, vulcanizaram o meu tormento, em meio aos jardins formais e entre belas gardénias. Oiço o sussurrar do vento, e com ele vem uma espécie de abismo carbonizado, com corpos putrefactos e na sua extremidade muito sangue coagulado.
E eu a chamá-lo.
Todas aquelas tardes de êxtase repletas de superstições, que a vida esboçou na areia, as ondas do mar desfizeram-nas em meros ínfimos grãos nada notórios. Esses corpos, esse tédio e esse amor celebram hoje sentimentos lassos.
Isso é uma prova do que sonhei, e aprecio agora, como escritor e poeta, e deixo aqui nessas odiosas folhas do meu caderno velho e rasgado esses relatos.
Quem vai agora me levar para brincar com os pássaros? Quem vai me enxugar as lágrimas e fazer cessar o meu pranto? Talvez a música, e os velhos poemas, e os rostos belos, e ainda o crepúsculo púrpura em dia frio de primavera. Sou muito sensível. Quero ouvir o som alastrando-se pela minh’alma e preenchendo todo o vazio que impera no meu consciente. Quero beber vinho e alegrar-me em espírito e acabar com esse desgosto idiota. Deixa-me que me embriague. Tragam-me absinto e “whiskey” velho, para que, mesmo que por pequenos instantes, eu consiga desfigurar os meus pensamentos.
Ai se me vingasse!
Com toda minha cólera, reclusa no calabouço do meu coração! E fizesse sofrer os escarnecedores, e os incrédulos de todas as espécies, fazendo com que se mordessem e deixassem-nos morrer
 entre o passar das quatro estações.
Ai de ti, saloio!
A graciosa glória de um artista desconhecido é como o vento da manhã, subtil. Hei-de ser retirado do poço para que eu veja todos os meus inimigos prostrados perante a mim, com o rosto no chão. Será um dia célebre.
As vossas mulheres, os vossos maridos e filhos, espantar-se-ão ao ver o seu próprio desprezo ser consumido pelo fogo. E isso me elevará! Pois sou egoísta e espinhoso de mais para arremeter qualquer puro olhar cativante. Vomite-me da tua boca ó Deus! Vomite-me porque sou morno e repugnante! Das duas extremidades da vida e dos meus dois hemisférios, do meu mais íntimo ser, entoo satânicos louvores.
Apenas ostento ruínas.
É mesmo assim… A vida inerte e desgastante. Por não me mover, sinto frio nos pés.
Esta paisagem imunda ao serviço da hipocrisia e da mais descarada mentira fala da morte, do fim. É agora apenas ver as chamas consumirem esses restos mortais que aqui jazem. Incrivelmente passou-se o tempo. E passou-se desapercebido… Entretanto, já penso ser demasiadamente tardio agir, sequer proferir qualquer palavra desagradável (como usual).
Ó meu demónio, vem e me possui! Me ilude com a sua magia e o seu romance violento! Assim poderei dizer adeus, e digo, porque já cessaram os aplausos, que pertenciam à outrora. Hoje, o amargo gosto do fel, será sentido por cada garganta sem sangue.
Os ilustres personagens desse império, nada mais são que o podre pó das sepulturas abertas, e que nada podem fazer, a não ser sentarem-se e encenar nesse filme mal dirigido.
A minha ingenuidade, está em dor. Com efeito, está a destruir tudo de novo. E logo virá o inverno, e com ele tempestades impetuosas, que, certamente, arrastarão tudo, principalmente, aquilo onde com os nossos esforços construímos.
Resta-me apenas o meu fantástico mundo, com as minhas ideias, e sempre sim, essa caneta sem tinta e frases tortas que aqui escrevo.
Foram essas, apenas, todas as minhas independentes tentativas.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Folhas secretas

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São nessas folhas secas de papel áspero, que tenho registado minhas memórias. Não sei o porque dessas escritas, logo, são frases sem rima que jamais vou usar. Nunca quis ir tão longe com isso. Eu lutei e resisti contra mim mesmo, mas quando se cria todo um imaginário repleto de detalhes coloridos, fica praticamente impossível desfazê-lo. Porquê não damos as mãos e fugimos por aí? Eu posso criar um plano perfeito, acredite.
Recuso-me a ser somente mais uma peça errada no meio dum “puzzle”. Ainda se eu fosse a peça final, que completasse a imagem e fizesse fazer sentido… Mas não, já não creio. Acredito em mim, e em trabalhar e em roubar. Toda a gente rouba, porque não eu?
Me diz porque não querer? Vamos marchar entre colinas e vales, com flechas e coroas com raros diamantes moldados no mais puro ouro, sobre nossas cabeças. Posso oferecer-lhe o meu escudo e a minha couraça que protege o meio peito.

Eu visualizo isso. E também navios a chegarem em teu nome exigindo o que lhe roubei. No entanto mantenho-me calmo. Frívolo. O que roubei é impossível devolver, porque nunca existiu. Apenas guarda-se e sofre-se, e ao ver a escuridão permanecer no luto onde crianças sem olhos choram, continuo lá. Mais assustador que isso é o trágico final, do qual não quero comparticipar.
É só fechar as pálpebras e sentir o quente abraço, enquanto a saliva seca desce pela garganta. Abraçaremos e estaremos tão juntos como se fossemos um só corpo e uma só alma, bem profundo. Se quiser, podemos selar, com um beijo carinhoso, esse compromisso imaginário.
Eu perdi o medo de me expressar. Não quero escrever ao invés disso, quero falar. Porque não pensar em amor? Permita-me sondar o teu coração e que eu vá buscar todas as respostas para as perguntas mudas. Quero ver ainda onde estou, e como está o meu lugar. Estará arrumado ou em desordem tal que já não se encontra qualquer resquício de sentimentalismo.
Será?
Vamos ver um filme idiota e comer pipocas queimadas, enquanto isso deixo que você me conte sobre os heróis que salvar-me-ão. Minha alma vai estar a cantar “lá-lá-lá”. Do lado de fora está frio, porque sair? Está escuro! Tire os seus óculos de sol e diga que está lá, que é um dia diferente, e fazer esquecer o que perdemos.
Prometo não tropeçar e não ser desajeitado, dessa minha maneira usual. Deixa-me viver e diz que isso vai ser para sempre. Eu nunca soube respirar, mas sempre escapei. Nunca hei-de desfocar a visão inicial da fonte e do caminho que traçamos. Essas memórias e esse inverno frio não me castigam mais. O tempo guarda os meus lábios em sangue.
Me diz como pensar em poesia, só te digo que sempre te quis bem, mais isso já não faz diferença.
Sou patético, reafirmo.

sábado, 4 de outubro de 2008

Dor e Glória

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Com gosto de câncer e lágrimas de sangue viu-se um reino ruir, mas isso não implicou no último adeus.
Eu, o demónio em tua casa, cantando louvores sobriamente. A cada passo, a cada respirar sentia o frio que queimava a espinha. Era contraditório, tudo enraizado de maneira errónea.
Perdemos muito tempo, mas sempre me fiz de desentendido. Comprazemo-nos em nossas mentiras e na alusão ao bosque perfeito.
Hoje cantamos a nossa vitória sobre todos esses corpos. 
A alegria reina! (?)
Quando a chuva cair vou cantar para você aquela música que fiz mas que nunca quis mostrar, por ter o constante receio de que não goste, talvez por ser cliché demais. Eu guardo um baú, ele é pesado de se carregar. Grandes fechaduras para o proteger. É áspero, e faltam algumas cores, mas é nele que se está guardado o íntimo dos íntimos dos tesouros. Não ouro, nem jaspe, mas de coisas que se não vêem e que são inefáveis, apenas sentem-se e sentem-se profundo, digo-lhe já.
Gostava eu, de morar numa casa no alto duma colina, onde pudesse ver o mar pela manhã e o crepúsculo à tardinha. Onde pudesse colher flores acabadas de nascer e colocá-las em um bonito jarro de cristal para que não morressem, assim alegrava o ambiente, trazendo vida e uma fragrância subtil, dessa maneira poderia ainda esperá-lo para que comêssemos juntos, mesmo que isso se tornasse regular. Quero também mirra e aconchegantes almofadas para recostar-nos.
Acho que você não se agradaria. Seria entediante demais.
Onde você gostaria de estar?
Aquela música eu poderia mudá-la, quem sabe poderia tocar no rádio, entretanto é mal pensas que nunca soará uma melodia agradável aos seus ouvidos. Talvez um dia eu passe por você e me veja sorrindo, nem sei porque.
Aprecio as coisas espontâneas e puras. Gosto da natureza no seu estado bruto, talvez sem o ser humano, respirar-se-ia melhor.
O meu imaginário é infinito.
Me acompanha numa xícara de chá?


quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Flores ao fim deste Império.

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E o que fazer se não há eternidade? E o que fazer se as suas asas frágeis são incapazes de o fazer voar? Eu minto para você meu único amor.
Isso é porque eu passo o tempo todo a sonhar em meus sonhos, mas essa é a minha mentira constante, um grande vazio uma frequência sem sinal, um ruído rosa. É um sacrifício dizer uma verdade. Penso que nunca disse uma sequer. 
As lágrimas descem pelo meu rosto abaixo, mas eu não me comovo. Apenas funciono como um robô, sem sentimentos, apenas pré-moldado e produzido para chorar. Essa é a minha função. Tenho mobilidade reduzida, apenas vejo a vida escorrer através das janelas e das portas frias que levam o meu fôlego.
Sou uma ilusão e  nada do que se vê é real. 
Sou  uma farsa. Um “bluff”.
Tenho em minha consistência física traços físicos e habituais de uma pessoa patética e ordinária que vive num picadeiro onde sou o palhaço principal. Seriam apenas pensamentos sem fundamento só uma auto-mutilação e uma forma de humilhar-me? 
Penso que penso, mas como não penso, logo não existo.
Minha imagem reflecte a sombra da morte, com sua foice perambulando a noite adentro, tenho o falar desagradável e o meu cantar é semelhante ao uivo dos lobo prestes a atacar cordeiros.
Mas eu minto para você, meu único amor.
Ouço a todo o momento os meus próprios lamentos, milhares deles que se aproximam cada vez mais causando uma tempestade impetuosa na minha mente e no meu coração. 
Vivo num luto eterno onde sempre me quebro em dois, e cada pedaço de mim morre bem à sua frente. Quero morrer antes que você morra, e que leve flores ao meu túmulo. 
Talvez isso se torne uma pintura.
A primeira, das minhas três tentações.
Congratulações, eu te odeio.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Quem disse que felicidade não se compra?


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